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Criado em : 28 Oct 2015
Alterado em : 04 Apr 2022

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Nota bibliográfica (sem autor) :

Obstetric violence: A new legal term introduced in Venezuela - International Journal of Gynecology & Obstetrics - Vol. 111, 3 - ISBN: 00207292 - p.201-202

Autores :

Pérez D’Gregorio, Rogelio

Ano de publicação :

2010

URL(s) :

http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S00207…
https://doi.org/10.1016/j.ijgo.2010.09.002

Résumé (français)  :

[La loi sur le droit des femmes à une vie sans violence est entrée en vigueur et a été publiée dans la Gaceta Oficial“ (Journal officiel) du Venezuela… Dans l’article 15, 19 formes de violence sont décrites, dont la violence obstétricale, qui est définie comme suit : “… l’appropriation du corps et des processus reproductifs des femmes par le personnel de santé, qui se traduit par un traitement déshumanisé, un abus de médicaments, et pour convertir les processus naturels en processus pathologiques, entraînant une perte d’autonomie et de la capacité de décider librement de leur corps et de leur sexualité, ce qui a un impact négatif sur la qualité de vie des femmes“.
La première considération est que le texte inclut le terme de personnel de santé qui, au Venezuela, comprend les techniciens, les infirmières, les étudiants en médecine, les résidents en médecine et les obstétriciens ; la profession de sage-femme n’existe pas dans la pratique de l’obstétrique au Venezuela, où tous les accouchements sont assistés par des médecins dans une institution.
La deuxième considération est que “l’appropriation du corps et des processus reproductifs des femmes par le personnel de santé“ est contraire aux bonnes pratiques obstétricales, selon lesquelles les médicaments ne doivent être utilisés que lorsqu’ils sont indiqués, les processus naturels doivent être respectés et les procédures instrumentales ou chirurgicales ne doivent être réalisées que lorsque l’indication suit la médecine factuelle.
Le chapitre VI concerne les infractions, et l’article 51 établit que : “Les actes suivants mis en œuvre par le personnel de santé sont considérés comme des violences obstétricales :
(1) Prise en charge inopportune et inefficace des urgences obstétricales ;
(2) Forcer la femme à accoucher en position couchée, les jambes surélevées, alors que les moyens nécessaires pour réaliser un accouchement vertical sont disponibles ;
(3) Empêcher l’attachement précoce de l’enfant à sa mère sans raison médicale, empêchant ainsi l’attachement précoce et bloquant la possibilité de tenir l’enfant dans les bras, de l’allaiter ou de le nourrir au sein immédiatement après la naissance ;
(4) altérer le processus naturel d’un accouchement à faible risque en utilisant des techniques d’accélération, sans obtenir le consentement volontaire, exprimé et informé de la femme ;
(5) Pratiquer l’accouchement par césarienne, lorsque l’accouchement naturel est possible, sans obtenir le consentement volontaire, exprimé et éclairé de la femme.“

Abstract (English)  :

[extracts of this Editorial] Law on the Right of Women to a Life Free of Violence entered into force and was published in Venezuela’s Gaceta Oficial” (Official Gazette).… In Article 15, 19 forms of violence are described, including obstetric violence, which is defined as: “… the appropriation of the body and reproductive processes of women by health personnel, which is expressed as dehumanized treatment, an abuse of medication, and to convert the natural processes into pathological ones, bringing with it loss of autonomy and the ability to decide freely about their bodies and sexuality, negatively impacting the quality of life of women.
The first consideration is that the text includes the term health personnel, which in Venezuela includes technicians, nurses, medical students, medical residents, and obstetricians; midwifery does not exist in obstetric practice in Venezuela, where all deliveries are attended by physicians in an institution
The second consideration is that “the appropriation of the body and reproductive processes of women by health personnel” is contrary to good obstetric practice, whereby medication should only be used when it is indicated, the natural processes should be respected, and instrumental or surgical procedures should be performed only when the indication follows evidence-based medicine.
Chapter VI concerns offences, and Article 51 establishes that: “The following acts implemented by health personnel are considered obstetric violence:
(1) Untimely and ineffective attention of obstetric emergencies;
(2) Forcing the woman to give birth in a supine position, with legs raised, when the necessary means to perform a vertical delivery are available;
(3) Impeding the early attachment of the child with his/her mother without a medical cause thus preventing the early attachment and blocking the possibility of holding, nursing or breast-feeding immediately after birth;
(4) Altering the natural process of low-risk delivery by using acceleration techniques, without obtaining voluntary, expressed and informed consent of the woman;
(5) Performing delivery via cesarean section, when natural childbirth is possible, without obtaining voluntary, expressed, and informed consent from the woman”

Sumário (português)  :

[extractos deste Editorial] Lei sobre o Direito das Mulheres a uma Vida Livre de Violência entrou em vigor e foi publicada na Gaceta Oficial da Venezuela“ (Jornal Oficial).… No Artigo 15, são descritas 19 formas de violência, incluindo a violência obstétrica, que é definida como: “… a apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres pelo pessoal de saúde, que se expressa como tratamento desumanizado, um abuso de medicamentos, e a conversão dos processos naturais em patológicos, trazendo consigo a perda de autonomia e a capacidade de decidir livremente sobre o seu corpo e a sua sexualidade, afectando negativamente a qualidade de vida das mulheres.
A primeira consideração é que o texto inclui o termo pessoal de saúde, que na Venezuela inclui técnicos, enfermeiros, estudantes de medicina, médicos residentes, e obstetras; a obstetrícia não existe na prática obstétrica na Venezuela, onde todos os partos são assistidos por médicos de uma instituição
A segunda consideração é que “a apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres pelo pessoal de saúde“ é contrária à boa prática obstétrica, em que a medicação só deve ser utilizada quando é indicada, os processos naturais devem ser respeitados, e os procedimentos instrumentais ou cirúrgicos só devem ser realizados quando a indicação segue a medicina baseada em provas.
O Capítulo VI diz respeito às infracções, e o Artigo 51 estabelece isso: “Os seguintes actos praticados pelo pessoal de saúde são considerados violência obstétrica:
(1) Atenção inoportuna e ineficaz às emergências obstétricas;
(2) Forçar a mulher a dar à luz numa posição supina, com as pernas levantadas, quando estão disponíveis os meios necessários para realizar um parto vertical;
(3) Impedir a ligação precoce da criança à sua mãe sem causa médica, impedindo assim a ligação precoce e bloqueando a possibilidade de segurar, amamentar ou amamentar imediatamente após o parto;
(4) Alterar o processo natural do parto de baixo risco, utilizando técnicas de aceleração, sem obter o consentimento voluntário, expresso e informado da mulher;
(5) Realizar o parto por cesariana, quando é possível o parto natural, sem obter o consentimento voluntário, expresso e informado da mulher“.

Resumen (español)  :

Texto completo (private) :

 ➡ Acesso requer autorização

Comentários :

Article concernant un pays d’Amérique Latine, paru dans un journal international. Loi sur la violence contre les femmes, entrée en vigueur en 2007 au Venezuela. Elle introduit le terme de violence obstétricale et considère les points suivants comme des violences :
(1) Retard ou inefficacité pour les urgences obstétricales (2) Contraindre la femme à accoucher en position sur le dos, avec les jambes relevées, quand il y a les moyens rendant possible l’accouchement vertical (3) Perturber l’attachement précoce de l’enfant avec sa mère sans raison médicale… (4) modifier le processus naturelle de l’accouchement bas risque, en utilisatn des techniques d’accélération, sans le consentement libre, express et informé de la femme (5) Pratiquer une césarienne, quand l’accouchement naturel est possible, sans le consentement libre, express et informé de la femme

Argument (français) :

Loi sur la violence contre les femmes, entrée en vigueur en 2007 au Venezuela. Elle introduit le terme de violence obstétricale.

Argument (English):

Law on violence against women, which came into force in 2007 in Venezuela. It introduces the term obstetric violence.

Argumento (português):

Lei sobre a violência contra as mulheres, que entrou em vigor em 2007 na Venezuela. Introduz o termo violência obstétrica.

Argumento (español):

Palavras-chaves :

➡ protocolos ; saúde pública ; traumatismos ; iatrogenia ; violência ginecológica e obstétrica violência obstétrica ; deontologia ; consentimento informado

Autor da esta ficha :

Import 28/10/2015 — 28 Oct 2015
➡ última atualização : Mercedes Granda — 04 Apr 2022

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